4 de maio de 2012

AS QUALIDADES DOS ORISHÁS - 02


ÒGÚN



Era um terrível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições êle trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Nascido na cidade de IFÉ e nela cultuado,pois veio na corte de ÒRÚNMÌLÀ em sua chegada a terra. É considerado filho de YEMONJA e outras vezes de ODÙDUWÀ e, em ambos, seu pai é ÒRISÀNLÁ.
ÒGÚN caça e inventa armas. Deve-se ter sempre a seus pés uma cabaça virada, pois se êle chegar e não encontra-la, fica nervoso. O fogo e o sangue simbolizam a raiva e o desejo de guerrear. Êle teve várias esposas: ÒSUN, OBÁ e OYA, mas a mais importante foi ELESY ÒSUN ORIY, aquela que pintava sua cabeça com pós brancos e vermelhos. Por onde passava conquistava aldeias, cidades, era aclamado e recebia vários nomes: ÒGÚN BENIN, ÒGÚN DAYO, ÒGÚN FENÁN, ÒGÚN KAUANÁ; não são qualidades e sim títulos. Seu principal alimento é o IXÙ ( inhame ) . ÒGÚN é assentado, geralmente, do lado de fora. Gosta de ficar rodeado de árvores, como YIOBÉ, peregun, sua árvore de maior fundamento, e YIZIEEOU, pé de jaca. Mulher não deve chegar perto.
Sua saudação: ÒGÚN YÈ, PÀTÀKÌ ORÍ ÒRÌSÀ, quer dizer: Salve OGUN, Oricha importante para a cabeça.

QUALIDADES
ÒGÚN JÁ
É o Òrìsá da casa de ÒÒSÀÀLÀ, o grande guerreiro branco. Como todo ÒGÚN, come inhame, tem temperamento rabujento e solitário. Em seus assentamentos levaÓSN e WÁJI. Não se pronuncia seu nome em vão e nem a noite. Veste branco e, também, o verde. Suas contas são verde-claro. Cobre-se de mariwo.
ARYES ou WARYN
É perigoso e feiticeiro, ligado aos antepassados. Tem pemperamento muito difícil e autoritário. Veste verde-claro, come com YEMONJA e ÒÒSÀÀLÀ. Gosta de comer cabritos pequenos, aprecia a carne de marreco e não come frango em suas obrigações.
AJAKÁ
Irmão mais velho de SÀNGÓ, conquistou a cidade de OYÓ e deu para seu irmão governar. Guerreiro sanguinário. Veste vermelho e verde escuro, suas contas são iguais a vestimenta. Teria sido o primeiro rei de OYÓ. É agressivio, gosta de dar ordem e ser obedecido.
IKOLÁ
É um ÒGÚN solitário que tem ligação com XOROQUE e ÒÒSÀÀLÀ. Come ÌGBÍN e veste-se de verde escuro ou vermelho. Adora galos vermelhos e bode de chifres grandes.
ELEMONÁ
Mora nas matas e caça muito bem. É muito sério, áspero, não se apegando a ninguém, a não ser a sua própria família. Tem fundamento com OBALÙWÀIYÉ e ÈSÙ.
ALABEDÈ
É um grande ferreiro e ferramenteiro. Este ÒGÚN é o marido de YEMONJA OGUNTÉ e o pai de AKEKO. É o mais velho, trabalhador, exigente e rabugento. Veste-se de azul arroxeado e o vermelho. Contas iguais a roupa. Come com ÈSÙ e YEMONJA.
OLODÉ
É caçador e não come animais caseiros. Amigo e conhecedor dos caminhos como ÒSÓÒSÌ. Semelhante a ÒSÓÒSÌ. Come, em seus assentamentos, caça. Leva um ADEMATÁ e só come nos caminhos da mata.
MEGE ou MEGE-MEGE
Seria o mais velho, a raiz de todos. É um ÒGÚN completo. Come nos cemitérios. Soleteirão, ranzinza e muito sanguinário. Suas cores são o verde claro e o vermelho claro.
MENÉ
É um jovem guerreiro. Veste-se de verde claro e usa contas verdes. Come com ÒÒSÀÀLÀ e tem grande fundamento com YEMONJA.
AKORÓ
É irmão mais velho de ÒSÓÒSÌ e ligado a floresta. É invocado no PADE. É filho de YEMONJA OGUNTÉ, jovem, dinâmico, entusiasta, empreendedor, protetor seguro, amigo fiél e ligado ao mau.
ONIRÉ
Primeiro filho de ODÙDUWÀ. Usa contas verdes. Guerreiro impulsivo, cortador de cabeças, ligado a morte e aos antepassados. Muito impaciente, não pensa antes de agir, mas acalma-se rápido.
AJÒ
Fica fora do barracão e toma conta da porteira. É o primeiro a ser saudado. Companheiro de ÈSÙ, ronda as encruzilhadas, comendo com ÈSÙ nas estradas. Veste-se e tem contas azul arroxeado.
ONIJÉ
É o Òrìsá que tritura, corta e provoca ferimentos. Não é aconselhável raspar este Òrìsá em seus filhos. Veste o verde escuro e o vermelho. Tem ligações com OYA YGBALÉ.
SÓRÒKÈ
É um Òrìsá das terras GEGE, um tipo muito perigoso. Dizem que foi amaldiçoado por seu pai e sua mãe. Conta a lenda que um vulcão entrou em erupção e SOROKÈ pulou de dentro dêle, em forma de fogo. É o senhor da noite, vive nos cantos das encruzilhadas, castigando os que por ali passam e profanam as oferendas ali colocadas. É o Òrìsá da vingança, pois seu temperamento é muito forte. Tem que ser feito no domínio do pai, VILA MAVUMBE, e ambos no domínio da mãe, APANDÁ. Faz-se o ÈSÙ, escravisado por ÒGÚN, tendo que assentar ÒSUN. Não pode ser feito dentro do barracão. Tudo é duplo, até o QUELÊ. São dois assentamentos, um de ÈSÙ, sem massa e outro de ÒGÚN, com massa, sôbre o ÈSÙ. Dança-se para ÈSÙ, ÒGÚN e ÒSUN.


ORÍKÌ

ÒGÚN pèlé o. ÒGÚN, alákáyé, osìn ímolè. ÒGÚN alada méji. O fi òkan ye oko. O fi òkan ye ona. Ojó ÒGÚN ntókè bò. Aso iná ló mu bora, ewu ejè lówò. ÒGÚN edun olú irin. Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn. ÒGÚN ONIRE alagbara. A mu wodò, ÒGÚN si la omi logboogba. ÒGÚN lo ni aja oun ni a pa aja fun. Onílí ikú, olódèdè màríwò. ÒGÚN olónà ola. ÒGÚN a gbeni ju oko riro lo, ÒGÚN gbeni o. Bi o se gbe Akinoro.
TRADUÇÃO:
Ogun eu te saúdo. Ogun senhor do universo, lorde dos orixás. Ogun dono de dois facões. Usou um deles para preparar a horta e o outro para abrir caminho. No dia em que Ogun vinha da montanha ao invés de roupa, usou fogo para cobrir-se e vestiu roupa de sangue. Ogun, a divindade do ferro, orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes. Ogun Onire, o poderoso. O levamos para dentro do rio e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais. Ogun é o dono dos cães e para ele sacrificamos. Ogun, senhor da morada da morte, o interior de sua casa é enfeitado de mariwo. Ogun, senhor do caminho da prosperidade. Ogun, é mais proveitoso ao homem cultua-lo do que sair para para plantar Ogun. Apoie-me do mesmo modo que apoiou Akinoro.

SUAS ERVAS
- Eucalípto, umbaúba, comboatá, chapéu de couro, capim limão, cordão de frade, folhas de manga espada, pé de pinto, vence demanda, abre caminho, peregum, dandá da costa.






ÒSÓÒSÍ





Filho de YEMONJA e ÒÒSÀÀLÀ é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os epíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.
Na África era a principal divindade de ILOBU, onde era conhecido pelo nome de YRINLÉ ou INLÉ, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de ILOBU a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.
Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.
ÒSÓÒSÌ é o único Òrìsá que entra na mata da morte, joga sôbre si um pó sagrado, avermelhado, chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imine a morte e aos ÉGÚNS.
Sendo êle um rei, carrega o EYRUQUERE ( espanta moscas ) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
Come com ÈSÙ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Êle é um EBORÁ da esquerda. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo. OLODÉ é o ÈSÙ de ÒSÓÒSÌ e como pelo lado esquerdo.
Sua saudação: ODE, ÒKÈ ÀRÓ, quer dizer: Salve o caçador.

  
QUALIDADES

YBUALAMO
É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE. Apaixonado por ÒSUN e vendo-a no fundo do rio, êle atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.
Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com OMOLU AZOANI. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.
INLE
É o filho querido de OSOGUIAN e YEMONJA. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azul claro. É tão amado que OSOGUIAN usa em suas contas uma azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe ( todos os bichos ) e tem fundamento com ÒGÚN JÁ.
DANA DANA
Tem fundamento com ÈSÙ, ÒSÓNYÍN, OSÙMÀRÈ e OYA. É êle o Òrìsá que entra na mata da morte e sai sem temer ÉGÚN e a própria morte. Veste azul claro.
AKUERERAN
Tem fundamento com OSÙMÀRÈ e ÒSÓNYÍN. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Êle é o dono da fartura. Êle mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tira-se as penas e solta-se o bicho.
OTYN
Guerreiro e muito parecido com seu irmão ÒGÚN, vive na companhia dêle, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente, esta sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, contas azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. Tem que se dar comida a ÒGÚN.
MUTALAMBO
Tem fundamento com ÈSÙ.
GONGOBILA
É um ÒSÓÒSÌ jovem. Tem fundamento com ÒÒSÀÀLÀ e ÒSUN.
KOIFÉ
Não se faz no Brasil e na África, pois muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com ÒSÓNYÍN e vive muito escondido dentro das matas, sòzinho. Suas contas são azuis clara, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se KOIFÉ e faz-se YBO, YNLÉ ou ÒSUN KARÉ; trinta dias após, faz-se toda a matança.
AROLÉ
Propicia a caça abundante. É invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de ÒSÓÒSÌ. Um verdadeiro rei de KÉTU. As pessoas dêle são muito antipáticas. Jovem e romantico, gosta de namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com ÒGÚN e ÒSUN. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é agil na arte de caçar.
ODE KARE
É ligado as águas e a ÒSUN, porém os dois não se dão bem, pois exercem as mesmas forças e funções. Come com ÒSUN e ÒÒSÀÀLÀ. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador, mora sempre perto das fontes.
ODÉ WAWA
Vem da orígem dos Òrìsas caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com ÒÒSÀÀLÀ e SÀNGÓ, pois dizem que êle fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se êle e faz-se AIRÁ ou ÒSUN KARÉ.
ODÉ WALÈ
É velho e usa contas azul escuro. É considerado como rei na África, pois seu culto é ligado, diretamente, a pantera. É muito severo, austério, solteirão e não gosta das mulheres, pois as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com ÈSÙ e ÒGÚN.
ODÉ OSEEWE OU YBO
É o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto.

ORIKI
ÒSÓÒSI. Awo `ode ìjà pìtìpà. Omo ìyá ÒGÚN ONÍRÉ. ÒSÓÒSI gbà mí o. Òrìsà a dinà má yà. Ode tí nje orí eran. eléwà òsòòsò. Òrìsa tí ngbélé imò, gbe ilé ewé. A bi àwò lóló. ÒSÓÒSÌ kì nwo igbó, kí igbo má mì tìtì. Ofà ni mógàfí ìbon, oo ta ofà sí iná, iná kú pirá. O tá ofà sí oòrùn, oòrùn rè wèsè. Ogbàgbà tí ngba omo rè. Oní màríwò pákó. Ode bàbá ò. Odè ojú ÒGÚN, O fi kan soso pa igba ènìyàn. Ode nú igbó, o fi ofà kan soso pa igba eranko. A wo eran pa si ojúbo ÒGÚN lákayé, má wo mi pa o. Má sì fi ofà owo re dá mi lóró. Odè ò, Odè ò, Odè ò, ÒSÓÒSI ni nbá Odè inú igbo fà, wípé kí ó de igbó re. ÒSÓÒSÌ oloró tí nba ségun, o bá ajé jà, o ségun. ÒSÓÒSI o. Má bà mi jà o. ÒGÚN ni o bá mi se o. Bí o bá nbò láti oko. Kí o ká ilá fún mi wá. Kí o re ìréré ìdí rè. Má gbàgbé mi o, Odè ò, bàbà omo kí ngbàgbé omo.

TRADUÇÃO:
Oxosi! Ó orixá da luta, irmão de Ogún Onire. Oxosi, me proteja! Orixá que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede. Casador que come a cabeça dos animais. Orixá que come ewa osooso. Orixá que vive taanto em casa de barro como casa de folhas. Que possui a pele fresca.. Oxosi não entra na mata sem que ela se agite. Ofá é a arma poderosa que o pai usa em lugar da espingarda. Ele atirou a sua flecha contra o fogo, o fogo se apagou de imediato. Atirou sua flecha contra o sol, e o sol se pôs. Ó salvador, que salva seus filhos! Ó senhor do màriwó páko! Meu pai caçador chegou na guerra, matou duzentas pessoas com uma única flecha. Chegou dentro da mata, usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens. Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de ÒGÚN. Não me arraste até a morte. Não atire sofrimentos em minha vida com seu Ofá. Ó ODÉ! ó ODÉ!, ó ODÉ! Dentro da mata é OXOSI que luta ao lado do caçador para que ele possa cacar direito. OXOSI, o poderoso, que vence a guerra para o rei. Lutou com a feiticeira e venceu. Ó OXOSI, não brigue comigo. Vence as guerras para mim, quando voltar da mata, colhe quiabos para mim , e se colhe-los, tire seus talos. Não se esqueça de mim. Ó ODÉ, um pai não de esquece do filho.


SUAS ERVAS
João borandi, São Gonçalinho, espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca, saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo Antonio, caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha ( folhas ) , pitanga, rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.


LENDA
Conta-se que um grande caçador entrou na mata com seu filho, LOGUNEDE, ensinando-lhe a arte de caçar e manejar o arco e a flecha, Após inúmeras caçadas, LOGUN sentou-se embaixo de uma árvore para descançar. Nessa árvore pousou um pássaro e ÒSÓÒSÌ preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio o pássaro e, também, uma colméia de abelhas. Elas foram cair justamente sôbre a cabeça de LOGUNEDE, que sem ter como se defender foi picado. ÒSÓÒSÌ vendo o desespero do filho, correu a acudi-lo, sendo mordido várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer, pôs-se a chorar. Eis que o Òrìsá OMOLÚ vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de LOGUNEDE, pois a criança estava morrendo. OMOLÚ tirou de sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sôbre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ÒSÓÒSÌ, curando-o completamente.
ÒSÓÒSÌ então disse-lhe: Senhor dos aflitos, ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos juntos. OMOLÚ agradeceu e seguiu seu caminho. Então ÒSÓÒSÌ jurou que nunca mais comeria o mel, pois o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu filho. Por isso ÒSÓÒSÌ não leva mel e LOGUNEDE é lavado com açucar mascavo e gengibre. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar AZOANI. Tem que ter um pedaço de colméia para quando LOGUN chegar, depois enrola-se num murim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de LOGUN comerem palmito, figado de boi e caças.



ÒSÓNYÌN



É um Òrìsà encantado, não viveu na forma humana. É filho direto de OLODUMARÈ, o Deus Supremo.
Êle vive no fundo da floresta e tem como companheiro, permanente, um anãozinho de uma perna só, que fuma um cachimbo feito com a casca do caracol, enfiado num TARYOKÓ, uma varinha de bambu, com suas folhas prediletas. Carrega um pássaro que voa por toda parte e pousa em sua cabeça, contado-lhe tudo que viu ou se alguém se aproxima.
Històricamente seria filho de NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ e criado por YEMONJA, sendo irmão de criação de ÒGÚN, ÒSÓÒSÌ e ÈSÙ e irmão carnal de ÌRÓKÒ, OSÙMÀRÈ e OBALÚWÀIYÉ, por isto é assentado ao lado de sua mãe e seus irmãos.
ÒSÓNYÌN conversa com os espíritos sagrados que moram dentro das árvores, sendo êles e os animais seus companheiros na floresta. Assim como ÒSÓÒSÌ, também conhece a linguagem dos animais e dos pássaros, imitando-os com perfeição.
Êle é representado, na África, pela cor verde.
Assim como ÈSÙ, ÒSÓNYÌN come bichos machos e femeas.

FUNDAMENTO
Quando se faz o YIAO leva-se na mata, passa-se mel, deita êle no chão cobrindo-o de fohas, cantando para as folhas em seu redor. Levanta-o após 7 cantigas e êle entra nas águas.
ÒSÓNYÌN é assentado na mata. Passa na encruzilhada por causa de ÈSÙ. Come preá do mato. Sua saudação: EWÉ Ó! EWÉ ÀSÀ, quer dizer: OH! as folhas, a folha é tradição.
  

QUALIDADES

AGUÉ
Usa roupas e contas rosa rajado de verde. Come com OSÙMÀRÈ e OYA.
MOKOSSU
Um tipo velho, vive escondido no mato, fuma muito e bebe com abundância. Tem caminhos com ÈSÙ.
GAYAKU
É novo, muito vivo, só vive em cima das árvores, nunca aparece nos lugares habitados. Come com ÒSÓÒSÌ e aparece na roda do PADE.
AGBÉNIGI
É velho, grande feiticeiro, dono do pássaro sagrado e o único que chega bem perto das YIAMIN OSORONGÁ. Dono absoluto do poder das ervas. Come diretamente com ÈSÙ.
ARONY
Recebe uma saudação própria, diferente dos outros. Apesar de ser companheiro de AGBÉNIGI, é mais terrível, fumando seu cachimbo faz mais bruxarias que os outros. Só come bicho de duas pernas.
Sua saudação:
- VÓLÀ VÓLÀ EWÉ, quer dizer : Dono de uma perna que come o dono de duas pernas.

ORÍKÌ
Agbénigi, òròmoe abìdi sónsó
Esinsin abedo kínníkínni;
Kòògo egbòrò irín
Aképè nìgbà oràn kò sunwòn
Tíotío tín, ó gbà aso òkùnrùn ta gìèè
Elésè kan jù elésè méjì lo.
Aro abi-okó lièliè
Ewé gbogbo kíki oògùn
Agbénigi, èsisi kosùn
Agogo nla se erpe agbára
ó gbà wòn là tán, wòn dúpé téniténi
Aròni já si kòtò di oògùn máyà
Elésè kan ti ó lé elésè méji sáré

TRADUÇÃO:
Agbénegi, que vive na árvore e que tem um rabo pontudo como um pinto
Aquele que tem o fígado transparente como o da mosca
Aquele que é tão forte quanto uma barra de ferro
Aquele que é invocado quando as coisas não estão bem.
O esbelto que quando recebe a roupa da doença se move como se fosse cair
O que tem uma só perna e é mais poderoso que os que têm duas
O fraco que possui um penis fraco
Todas as folhas têm viscosidade que se tornam remédio
Agbénigi, o deus que usa palha
O grande sino de ferro que soa poderosamente
A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que êle humilha as doenças
Aroni que pula no poço com amuletos em seu peito
O homem de uma perna que incita os de duas pernas para correr.

SUAS ERVAS
ÒSÓNYÌN é chamado de BABA EWÉ, pai das folhas. Todas as folhas lhe pertencem, em especial as de fixo, peregum, fumo, aroeira, alecrim do campo e amendoeira.
Êle não gosta de ervas cultivadas ou caseiras.


OMOLÚ-OBALÚWAÌYÉ




É filho de NÀNÁ YBAIN e ÒÒSÀÀLÀ. Irmão adotivo de ÒGÚN e ÈSÙ e irmão carnal de ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ.
A varíola é a punição que êle aplica aos maus feitores. Quando morre uma pessoa, OMOLÚ senta-se em cima do corpo , reivindicando seus direitos. Está relacionado a terra, os troncos das árvores e os ramos. Transporta o ÀSE preto, vermelho e branco, seu maior segredo é com os espíritos contidos na terra, que são seus irmãos e de quem êle é o maior símbolo. Assim como NÀNÁ, êle é o patrono dos KAURIS. Êle usa em suas vestimentas um capuz de palha da costa, chamado AXÓ YIKÓ, que lhe foi dado por seu irmão ÒSÓÒSÌ , para lhe cobrir as chagas e, principalmente, seus olhos, pois contêm todo o brilho do sol e quem olhasse perderia a visão. O AXÓ YIKÓ é um material de grande significado, pois participa de todos os rituais ligados a morte. A presença de YIKÓ é indispensável, em todas as situações que se maneja com o sobre natural. O YIKÓ é a fibra da ráfia, obtida de palmas novas de YIGYOGÓRO, árvore sagrada, que produz a palha obtida dos talos do olho da palmeira, quando nova, antes delas abrirem-se e curvarem-se.
O fato de cobrir-se com YIKÓ e ornar-se com búzios e cabaças, mostra que estamos na presença de um Òrìsá ligado, diretamente, com a morte, cujas faculdades destruidoras são de difícil contrôle.
Segundo as lendas, êle é irmão mais velho de SÀNGÓ AJAKÁ. SÀNGÓ destronou um OMOLU velho e assumiu seu lugar, por esta razão existe a guerra entre os dois Òrìsás. Pessoas de OMOLÚ não pegam no SÈRE nem participam da roda de SÀNGÓ. No OLUBAJÉ não entra AMALÁ e na comida de SÀNGÓ não entra DEBURUS.
OMOLÚ usa missangas pretas e brancas e OBALUWÀÍYÉ pretas, vermelhas e brancas, dependendo da qualidade, amarelo, preto e marrom.
Sendo OMOLÚ o dono da terra, é êle quem nos dá todo o tipo de alimentos, inclusive, a êle pertence todos os grãos.
Os OGANS tem que ter respeito pelos atabaques, pois OMOLÚ é o dono dos couros. Este Òrìsá é o padrinho de todos os OGANS. Quando vamos dar comida aos atabaques, damos comida a OMOLÚ.
A OMOLÚ pertence o porco, cabrito, frangos, galos carijós, frangos rajados, d'angola, tatu e cágado. Carneiro é sua grande ÈÈWÒ( KIZILA ). Pega, também, patos pretos e brancos. Depois do ritual de rolar os bichos, tira-se a língua da d'angola, do pato e do porco. O cágado é colocado de barriga para cima, para SÀNGÓ não chegar. As línguas não vão ao fogo.
Sua saudação: ATÓTÓ, quer dizer: Silêncio!

QUALIDADES

SAPONAN
É o mais antigo. É proibido falar seu nome. Na África quando se fala seu nome, coloca-se mel na boca. Come com ÈSÙ e tem fundamento nas encruzilhadas. Tem caminhos com ÒSÓÒSÌ e é o deus da varíola e das doenças de pele. Era êle quem dizimava nas aldeias. Suas contas são brancas e pretas.
No dia de sua feitura tem que ser feito sete qualidades de comidas, pôr na folha de mamona e levar com uma vela para o campo. Êle leva dois ÌLÈKÈ ( quelê ) : um no pescoço e um na perna esquerda ( duas argolas de aço ) . No dia do recolhimento, leva-se o ÌYÀWÓ na porta do cemitério e da-se um sacudimento. Este santo é preparado no barro vermelho. Quando se dá comida a êle, da-se na encruzilhada, pois êle tem caminhos com ÈSÙ CAVEIRA e MULAMBO.
AZANSSUN
É ligado ao tempo, as estações do ano e ao culto da terra. É o verdadeiro dono do ciscuzeiro. Seu assentamento é feito no barro vermelho; leva 9 olhos de boi, duas moletas pequenas de cedro, suas lanças são diferentes das dos outros, são sete mas uma é maior, no meio leva uma bandeira de aço e na outra um tridente. Veste vermelho, preto e branco, na perna esquerda leva uma pulseira de aço.
 POSSUN
É o mesmo AZANSSUN do GEGE, "louvado " como POSSUM , no KÉTU e na ANGOLA, como TEMPO. Come diretamente na terra.
Sua dança mostra claramente a sua ligação com ÈSÙ e com a terra, dança com garras nas mãos, como se estivesse cavando a terra ou retalhando alguma coisa.
Em seu assentamento leva uma mão de ferro com uma bola de tabatinga, que representa o mundo, e pôe-se as garras. Come cágado e tatu. Tem caminhos com INTOTO, ÌRÓKÒ e OYA.
INTOTO
Suas contas são vermelho e preto. É um Òrìsá cultuado em seu assentamento e não vira na cabeça de ninguém, pois não tem como cultua-lo. Antigamente recebia sacrifícios humanos, por tratar-se de um Òrìsá antropófago, come a carne e destroi os ossos. Foi esse OMOLÚ que brigou com OSOGUIAN. Caso apareça um ÌYÀWÒ desse Òrìsá, faz-se AZUANI ou ÒSUN. Da-se comida a terra. Esse Òrìsá é ABIKU, portanto não se raspa, pois representa o fundo da terra. Sòmente se assenta. Come com YEWÀ, OYA e YKU. Seus assentos são cultuados ao lado de NÀNÁ e YEMONJA. Pega-se um pouco de terra de cemitério e pôe-se no assento. Êle presta obediência a ÒSUN, por quem se apaixonou.
Mora só e não aceita a faca, assim como NÀNÁ. Come porco preto, frangos, pombos de cor e galinha d'angola. Come no campo que tenha barro. Quando se faz o ÌYÀWÒ desse santo, todos os Òrìsás viram, exceto SÀNGÓ. Leva-se os bichos e as comidas de YEMONJA, NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ, bastante epo, acarajés, feijão preto com ovos cozidos, deburus ( a mesma coisa se faz com YEWÀ ) . Tudo dêle é com dendê. Sua comida : feijão preto com um ôvo cozido no meio, deburus ao redor ( feitos com milho de galinha ) , 9 ovos crus, 9 velas e 9 monsenhor. Pede-se a uma pessoa de ÒGÚN, OYA ou OMOLÚ para apanhar várias folhas de mamona. Faz-se um buraco redondo de dois palmos, acende-se as velas ao redor e canta-se as rezas se fundamentos. Sacrifica-se o porco depois da reza, copa-se o bicho ali mesmo, pega-se as galinhas pucha-se os ORIS e coloca-se dentro, enfeitando com as comidas e cobrindo com as folhas de mamona. Já fora do campo, passa-se as folhas de mamona e os ovos, jogando-os e não olhando para trás. Para os assentos só se leva os bichos de penas. Além do campo dá-se comida lá fora, no assento dêle. Sete dias depois é que se faz o ÌYÀWÒ com outra qualidade de OMOLÚ. Ficam assim, dois assentos, um lá fora, de INTOTO e outro de AZUANI.
JAGUN ou AJAGUN
Em seu assentamento leva uma estatuazinha com olhos. Tem dois ÌLÈKÈ ( quele ) , um de búzios e outro de missangas. No dia da saída tira-se o de búzios e coloca-se no pescoço do boneco. Tem caminhos com ÒÒSÀÀLÀ. É jovem e guerreiro. Leva na mão uma lança chamada OKÓ. É vingativo, ambicioso, luta para alcançar posição alta sem ver de que maneira. Tem caminhos com ÒGÚN JÁ, OSOGUIAN, AYRÁ, ÈSÚ e OSÀLÚFÓN. Êle é cultuado no dia 17 de dezembro, veste branco e preto e suas contas são rajadas. O seu cuscuzeiro leva uma seta só, vem dentro de uma bacia com 9 pratinhos brancos de barro. Seu verdadeiro encanto, como dos outros, é o cântaro ( moringa de uma asa só ) . Neste cântaro pôe-se jóias e dinheiro. Êle não come feijão preto. Come miúdos de boi no azeite doce, os outros comem com demdê. Êle é o único que come ÌGBÍN.
TETU
É jovem e guerreiro. Come com ÉGÚN e OYA. Veste branco, preto e vermelho. Seu caqueiro é tampado e não se abre nunca.
AZUANI
É jovem, veste preto e branco como suas contas. Tem caminhos com ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ. Come tatu na praia.
AFENAN
É velho, dança curvado. Veste, também , a estopa e carrega duas bolças de onde tira as doenças para jogar nos incrédulos. Veste amarelo e preto, contas iguais. Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com OSÙMÀRÈ e OYA, de quem é companheiro. Dança cavando a terra, como INTOTO, para depositar os corpos que lhe pertence
AJUNSUN
É estrovertido. Tem fundamentos com ÒGÚN e ÒÒSÀÀLÀ.


SUAS ERVAS

-Mangerona, canela de velho, alunam, café do mato, balaio de pombo, agapanto lilás, erva moura, beldroega vemelha, gervão roxo, sete sangria, espinheira santa, sabugueiro, crizântemo e bomina.

  


LOGUN EDE




É filho de ÒSÓÒSÌ YBUALAMO e ÒSUN YPONDÀ. Na parte masculina êle veste azul claro e na feminina amarelo ouro. Suas ferramentas ( IBÁ ) levam sete espadas pequenas, amarelas, sete ofas pequenos, amarelos; usa arco e flecha, um leque e uma trombeta ( berrante ) , mas delicado. Seus bichos são o faisão, canário da terra, coelho e periquito. LOGUN não come frangos, e sim galo e galinha garnizé, porco da índia, tatu e bode castrado.
Tudo dêle é dobrado. Êle só responde chorando.
É a divindade das águas doces e do mato baixo.
Sua saudação: LÒGÚN Ó AKOFÀ, quer dizer: Êle é LOGUN, peguemos o arco e a flecha.

QUALIDADES
EDÈ LOKO
Tem fundamento com ÈSÙ.
EDÈ YBAYN
Leva carrinhos e bola de gude, pois êle é um recem-nascido.
APANAN 
Todos comem com ÈSÙ e ÒSÓÒSÌ. Seus fundamentos estão em sua mãe de criação, ONIRA, sem ela LOGUN não caminha. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar ONIRA e de ONIRA tem que assentar LOGUN. LOGUNEDE assenta, também, YBUALAMO, YPONDA e OPARÁ.

OSÙMÀRÈ





Filho de NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ e irmão mais novo de OBALÁWÀIYÉ, ÌRÓKÒ e ÈSÙ. Seu símbolo é o arco-iris, que liga a terra ao céu. Na parte masculina êle é BESSEN e é representado pela cor azul; na parte feminina é YEWÀ, representada pela cor vermelha.
Mora na fonte onde YEWÀ reina. É bissexual, tem sua fase macho e femea. É o Òrìsá das adivinhações, grande feiticeiro e curador. Tem dupla representação, hora como arco-iris, hora como o homem serpente. Usa um manto azul, traz nas mãos uma vassoura feita com folhas de palmeira sagrada e duas cobras de metal amarelado ou branco, dependendo da qualidade.
Sua saudação: ÀRÓBÒ BO YI, quer dizer: Vamos cultuar o intermediário que é elástico.

QUALIDADES

MACHO:
AZANAODOR, AKEMIN, BOTIBONAN, BESSERIN, DAKEMIN, BAFUN, MAKOR e ARROLO, o mais perigoso.
FEMEA:
DANBALE, FOKEN, DARRAME, ARAKA, AVERECY, AKOLEDURÁ, BAKILÁ e FREKEN, a mais venenosa.
SUAS ERVAS
Batata doce, coqueiro de venus.


SÀNGÓ



Deus do trovão, irmão mais novo de SÀNGÓ AJAKÀ, foi o quarto ALAFIN de OYÒ. Viveu em 1450 antes de cristo com o nome de OLUFIRAN. Era filho de ORANMYAN e TOROSI , YIÁ GBODO ( rainha de Nupe ). Foi o maior conquistador e possuia o poder de provocar raios e relâmpagos. Foi marido de sua prima OYA ( princesa de Irá-Nupe ). Enforcou-se na colina de KOSSO em OYÒ, onde hoje existe o palácio real do ALÁÀÀFÍN. Foi deificado após sua morte. Rreinou por 14 anos. Foi o mais poderoso e mais forte de todos os ALÁÀÀFÍNS.
Para os africanos êle reune em sua figura mística três importantes divindades, que são:
JACUTA
É aquêle que atira as pedras, é a encarnação dos raios e trovões. É a própria ira de OLÓÒRUN, o Deus criador.
ORANFÉ
É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de IFÈ.
TAPÀ
É muito conhecido por seu temperamento imperioso e viril. Não perdoa os erros de seus filhos.
SÀNGÓ usa um machado de duas lâminas, chamado OSÉ, dado por ÒGÚN e na mão o SÈRE, que é feito de uma cabaça alongada com pequenos grãos de areia dentro, que ao ser agitada produz um ruído semelhante ao da chuva. Os EDUN ARÀ ( pedras de raio ) são colocados numa gamela redonda, em cima do ODÒ, pilão de duas bocas, em seus altares sagrados, Usa também uma bolça de couro, ornada com búzios, que usa a tiracolo, guardando ali suas pedras de fogo, num total de 12, representando seus 12 ministros, que lança na terra durante as batalhas, durante as tempestades e contra seus inimigos nas batalhas. Usa ainda uma coroa ornada em búzios.
O ÉGÚN de SÀNGÓ chama-se alàpalà.
SÀNGO como todos os reis e chefes de estado, traz consigo os seus conselheiros, os homens que o ajudam a governar e que recebem uma designa'~ao de do lado direito, OTUN OBÀ, e do lado esquerdo, OCI OBÀ.
Os OBÀS da direita não seguram o SERE, porém têm direito a voz e voto, os da esquerda seguram SERE e só têm direito a voto.
Os seis OBÀS da direita são :
- OBÀ ABI ODUN
- OBÀ YIRÈ
- OBÀ AROLU
- OBÀ TELÀ
- OBÀ OTOPI
- OBÀ KANKUNFÒ
Os seis OBÀS da esquerda são :
- OBÀ ONOXOKUN
- OBÀ ARESSA
- OBÀ ELERIN
- OBÀ ONIKOIN
- OBÀ OLUBON
- OBÀ XORUN
Após o desaparecimento de SÀNGÓ, seus sacerdotes reuniram-se com a finalidade de perpertuarem a memória de seu rei e, num culto secreto e religioso, criaram o culto dos OBÀS de SÀNGÓ.
Seu assentamento é feito na gamela redonda.
Seus bichos são o carneiro ( não se deve oferecer ), ajapà ( cágado ), d'angola e pombo.
Divindade da justiça, das pedreiras e do trovão.
Sua saudação: KÁ WÒÓ, KÁ BIYÈ SÍ, quer dizer: Podemos
olhar vossa real majestade.

QUALIDADES

AGONJÚ
Quer dizer terra firme. Tem perna de pau e é casado com YEMONJA. É o filho mais novo de ORANNIAN e o preferido, herdou sua fortuna. É o mais cruel é aquêle que leva o coração do inimigo na lança. É o SÀNGÓ amaldiçoado que matou e comeu a própria mãe.
Na verdade foi o 6º Alafin de Oyo que viveu em 1.240 A.C., aproximadamente. Era sobrinho neto de SHANGO.
BARU
Pega tempo e come com ÈSÙ. Dependendo da época este Òrìsá ora é BARU ora é ÌRÓKÒ. Tem caminhos com OYA YÀTOPÈ . Não come quiabo nem amalá, come amendoim cozido e padê. Na África êle é chamado de maluco, pois durante seu reinado fez muita besteira, motivo pelo qual os africanos não o raspam nem assentam. Não fazia prisioneiros, matava todos.
Veste-se de marrom e branco e suas contas são iguais a roupa. Toca-se para ÈSÙ e SÀNGÓ.
BARU era muito destemido, mas quando comia quiabo, que êle gostava muito, dormia o tempo todo e por isto perdeu muitas contendas, pois, quando acordava seus adversários já tinham voltado da guerra. Êle ficava indignado. Então resolveu consultar um OLUÓ que lhe disse : Se é assim, deixe de comer quiabo - BARU perguntou : me diz o que comerei no lugar do quiabo... Só folhas... Só folhas ? perguntou BARU - Sim, respondeu o OLUÓ, tem duas qualidades , uma se chama oió e a outra xaná, são boas e gostosas como o quiabo. E BARU falou : - A partir de hoje, eu não comerei mais quiabo.
BADÈ
É o mais jovem VODUM da família do raio ( cujo chefe é KEVIOSSO ), corresponde ao SÀNGÓ jovem dos NAGO. É irmão de LOKO. Usa roupa azul com faixa atada atras. Não fuma, não bebe nem fala. Um de seus animais prediletos é o chicharro.
OBAKOSSO
Perdeu os poderes mágicos de transportar-se da terra para o céu, enforcando-se num pé de OBI. Tem fundamentos com ÈSÙ, ÉGÚN e OYA, devido a sua morte.
AGODO
Muito ruim, brutal, inclinado a dar ordens e ser obedecido, foi êle quem raptou OBÁ. Come com YEMONJA
AFONJÀ
É o dono do talismã mágico dado por OYA a mando de OBÀTÁLÁ. É aquêle que fulmina seus inimigos com o raio. Come com YEMONJA, sua mãe.
ALAFIN
É o dono do palácio real, o governante de OYO. Vem numa parte de ÒÒSÀÀLÀ e caminha com OSOGUIAN.
OBÀ OLUBÈ
É muito orgulhoso, intratável e muito bruto. Come com OYA.
OLO ROQUE
Seria o pai de ÒSUN OPARÀ. Tem fundamento com ÒSÓÒSÌ. Veste vermelho e branco ou marrom e branco.
ALUFAN
É idêntico a um AYRÀ. Confundem êle com OSÀLÚFÓN. Veste branco e suas ferramentas são prateadas.

SUAS FOLHAS
Bico de papagaio, chocalho de xango, erva de São João, inhame acará, malva cheirosa, panaceia, para-raio, quiabeiro, tamarindeira, urucum, xiquexique.

LENDA

SÀNGÓ recebeu das mãos de OLODUMARÈ, o Deus supremo, um pilão de prata que representa a união da terra, ÀIYÉ, com o céu, ÒRUN, o plano paralelo a terra onde moram os Òrìsás. Nesta ocasião SÀNGÓ foi elevado a categoria de OBÁ OYO, rei de OYO, passando a ser o quarto ALÁÀÁFÍN de OYO, sendo o únuco ser vivo a ter o privilégio de ir e vir da terra para o céu para comunicar-se diretamente com ÒRÚNMÌLÀ, recebendo desse Òrìsá ordens e instruções para este melhor orientar-se em suas decisões na terra. Após contar a ÒRÚNMÌLÀ tudo o que se passava naterra êle retornava feliz , pois sabia que era de plena confiança desse Òrìsá. Como ser carnal êle foi possuído pela ambição, cometendo um pecado imperdoável aos olhos de OLÓÒRUN que, por ser muito justo, jamais aceitou uma traição. SÀNGÓ tentou apossar-se, definitivamente, do governo e dos poderes da terra e de todos os poderes que existiam no espaço. OLODUMARÈ sabendo de tudo que se passava castigou-o, tomando-lhe o pilão que lhe dava o poder de transitar, vivo, para o céu e o poder de governar os homens da terra. SÀNGÓ desgostoso e muito arrempendido dos atos que praticara entrou em completo desespero, de joelhos, rogou perdão a todos os seres maiores, que lhe viraram as costas. Triste e magoado subiu num monte existente em OYO e enforcou-se num pé de OBI , a noz de cola , o pão de ÒÒSÀÀLÀ .
Porém SÀNGÓ não morreu, desapareceu, ficando o seu espírito entre os dois mundos paralelos a terra. OLÓÒRUN começou a sentir a falta de seu servo, mesmo sabendo de sua traição, pois SÀNGÓ foi apedrejado por todos, pois nessa época era a mais terrível das faltas. OLÓÒRUN pensou, pensou muito e tomou uma decisão, foi até OLODUMARÈ e rogou-lhe perdão em nome de SÀNGÓ, pedindo-lhe trouxesse-lhe seu tão amado servo . OLODUMARÈ então concedeu o perdão a SÀNGÓ, mas com uma condição, que não mais viesse como homem, mas sim como Òrìsá e que todas as pedras que lhe foram atiradas servissem para êle castigar os mentirosoa, os ladrões e que fulminasse os traidores. E assim foi feito. SÀNGÓ retornou a terra como Òrìsà e não mais como ARAYILE ( ser humano ) , representando assim, a ira do próprio OLÓÒRUN contra os homens que se comportam mal na terra, passando a ostentar então um pilão de duas bocas, a parte de baixo representando a terra e a de cima o céu, continuando, assim, a exercer o seu governo em forma de Òrìsá . É proibido o uso de OBI em seus assentamentos, pois lembra a sua passagem de vida e de morte na terra , tornando-se o OBI uma se suas grandes KIZILA.


 
AYRÀ


AYRÀ era um Òrìsà no fundamento de SÀNGÓ, era um de seus servos de confiança.
OSÀLÚFÓN deu-lhe o título de seu primeiro ministro, fazendo dêle seu mais fiél amigo, motivo pelo qual AYRÀ come diferente dos SÀNGÓ; foi-lhe consedido comer em sua gamela o arroz, a canjica e o mingau de acaçá, sendo-lhe proibido o dendê e o sal.
Por motivo de rivalidade com SÀNGÓ, não se deve coloca-los juntos na mesma casa nem em cima de pilão. Sua gamela é oval e seus ornamentos prateados.
Seu assentamento é na gamela oval e não leva pilão. A fogueira lhe pertence e é acesa pelo lado esquerdo. Dentro da fogueira coloca-se :
- Um tacho de cobre com 12 quiabos;
- Uma pedra, representando o ODUN ARÀ;
- Frutas.

QUALIDADES

ANTILE
Veste branco e é ligado a YEMONJA SOBÀ e ÒSUN KARÉ. Foi êle quem carregou OSÀLÚFÓN nos ombros e tentou coloca-lo contra SÀNGÓ , dizendo que êle teria passado os sete anos na prisão por culpa de seu filho, SÀNGÓ. Por isto existe uma KIZILA entre AYRÀ e SÀNGÓ , não podendo AYRÀ ser posto em cima do pilão , pois provoca a ira de OSÀLÚFÓN. Come com ÈSÙ.
OSUIBURU
Veste o preto e caminha nas trevas com ÈSÙ e ÉGÚN, não se raspa.
AYRÀ AYRÀ
Come com ÒÒSÀÀLÀ e veste branco. Caminha junto com ÒGÚN JÀ, se não assenta-lo AYRÀ não caminha e a pessoa para no tempo.
AYRÀ OCÌ
Idêntico ao AYRÀ AYRÀ, só que é calmo.
AYRÀ IBONA
É o pai do fogo. Veste branco.
AYRÀ OMONIGI
É um AYRÀ muito quente e filho do fogo. Se provocado solta fogo pela boca. Come com ÒSUN.
ALAMODÉ
É um AYRÀ menino. Come com YEMONJA e OSOGUIAN. ÒGÚN JÀ fica a seus pés.
AJOSSIN
É o dono do camelo. Não tem medo da morte como SÀNGÓ de dendê. Veste branco.
EPOMIN
Foi êle quem brigou e destronou OMOLÚ.
ADJAOSSI
O verdadeiro esposo de OBÁ. Brigou com ÒGÚN JÀ. Veste branco. ÒGÚN JÀ fica em outro quarto.
YIGBOMIN ou BOMIN
É bom, conselheiro, dono da verdade, reina nas águas junto com ÒSUN. Não faz nada sem perguntar a ÒÒSÀÀLÀ.
ETINJÀ
Depende de ÒGÚN JÀ para caminhar, é guerreiro e cruel, não recusa uma batalha. Veste branco.
YBONA
É o AYRÀ da quentura.
DUNDUN
Identico ao OXUIBURU.
SUAS FOLHAS
As mesmas de SÀNGÓ.




IRÓKÒ





 
Êle reside na gameleira branca. É assentado no seu pé, após preparo ritual da raiz, e o tronco é enfeitado com um ÒJÁ FUNFUN ( OJÁ BRANCO )branco. A relação com esta árvore é comum a várias divindades e exprime sua relação com seus antepassados. Como ÈSÚ , ÌRÓKÒ carrega para longe os fluídos maléficos. Quando manifesta-se os fiéis jogam sôbre êle os fluídos que querem se livrar e êle corre para fora do barracão para atirar no mato todo o mau. As vezes bebe tanto que cai no chão. Cobre-se então com um ALÀ branco e , pouco depois, já recuperado êle ergue-se e volta a dançar. Dança de joelhos no chão e o BRAVUN, ritmo GEGE, como OSÙMÀRÈ. Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão. Suas contas são verde musgo e riscadas de marrom. As vezes veste-se de palha como OMOLÚ. Sua incorporação é pouco vista , seus filhos giram tontos, cambaleando pelo barracão antes de caírem fulminados, logo levantam-se e pôem-se a dançar.
Seu assentamento é feito numa gamela oval, pega-se um pedaço do tronco da gameleira branca e faz-se uma pequena estátua de um negro africano com um IDÈ branco no nariz, na cabeça um colar de búzios e moedas. Na gamela pôe-se uma corrente em volta , 6moedas e no meio da gamela uma seta e a estátua.


QUALIDADES


GIROKOSSI

LOKOSSI

SUAS FOLHAS

Milame, colonia, saião, iriri, mãe boa, barba de velho, esrva prata, crista de galo, nóz moscada, abilzeiro, jaqueira e cajueiro. Quando se faz o Òrìsá, pôe-se uma folha de saco-saco embaixo do pé do IYAÓ uma folha de saco-saco e na boca uma folha de assa-peixe.

SEUS BICHOS

- Um cabrito de chifre virado;
- Quatro frangos de esporão grande;
- Um galo d'angola;
- Um pombo branco.
Após matar os bichos, tira-se a língua de todos êles e as esporas do galo.


 
IBEJI

 
É o Òrìsá criança. Divindade da alegria, das brincadeiras e ligado a infância. Está sempre presente em todos os rituais e tem que ser bem cuidado para não atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras

 
OYA






Princesa real da cidade de Irá, em Nupe. Viveu por volta de 1.450 antes de cristo.
OYA é a dona dos raios, dos ventos e dos mortos, controla o YGBALÈ ( casa dos mortos ). Esposa de seu primo, SÀNGÓ, foi a maior guerreira que existiu na África, sua fúria era incontrolável, não temendo nem a morte. ligada as florestas que ela domina com seu ORUKERÉ, que lhe foi presenteado por ÒSÓÒSÌ. É associada aos ancestrais masculinos que ela dirige e maneja. Esta relacionada ao vermelho e é representada pelo relâmpago.
OYA teve nove filhos, uns dizem que foi com ÒGÚN, outros que foi com SÀNGÓ , oito nasceram mudos e o último nasceu um ÉGÚN e graças aos sacrifícios recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que imita a voz do macaco africano chamado IJIMARÈ, macaco que é consagrado aos ÉRÉS.
1 - IMALEGÃ - Nasceu no primeiro dia do EBOYKÙ, arrancado do ventre de OYA pelas ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos;
2 - IORUGÃ - Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com avaidade de OYA e é o preferido;
3 - AKUGÃ - Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal;
4 - URUGÃ - Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos;
5 - OMORUGÃ - Alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres humanos;
6 - DEMÓ - OYA cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar ÒSÓÒSÌ;
7 - REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas;
8 - HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI do ser humano. Propicia desastres e desordens;
9 - EGUN EGUN - Filho de SÀNGÓ. OYA preparou-o para combater. Êle se apossa do ser humano, fazendo-o cometer desatinos.
Carrega um par de chifres que deu a seus filhos, dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no outro que ela viria de onde estivesse para acudi-los, também um instrumento de madeira com o rabo do búfalo que serve para afastar os ÉGÚNS , é o ORUKERÉ.
Recebeu de SÀNGÓ o título de YÀSÁN , que quer dizer , "a senhora das tardes ", pois chegava sempre as tardes , linda e esvoasante com sua roupa de fogo.




SUAS QUALIDADES


OYA YGBALÈ
É a deusa dos mortos. É ligada diretamente ao culto de ÉGÚN, por isto é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sôbre os mortos, trazendo consigo uma falange de ÉGÚNS que ela controla e administra , pois todos temem o seu terrível poder.
O culto a ÉGÚN nasceu nas mãos de YBBALÈ, quando ela fora buscar uma substância que permitia a SÀNGÓ soltar fogo pelas narinas. OYA ficou sabendo que o povo TAPÀ iria invadir a cidade dos BARIBAS , então forrou na beira do rio um pedaço de PAMP vermelho, colocando em cima algumas cabaças, envocou os mortos e aquêle pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correr apavorados com aquela visão grotesca e horrorosa , livrando, assim, o povo de BARIBAS e nascendo o culto de ÉGÚN. Devido a sua relação com ÉGÚN é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.
FURÉ
Usa uma foice na mão esquerda e um ARUEXYN na direita, veste branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes vão pequenas cabaças dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira de aço, tem ligação direta com o culto a morte e aos ÉGÚNS, preside a vida e a morte.
ODO
Ligada as águas , apaixonada carnal e muito louca por amor.
IAMESAN
É a que foi esposa de ÒSÓÒSÌ, meio animal e meio mulher, só come caça, é a mãe dos nove filhos. Come comÒSÓÒSÌ nas matas.
ONIRA
É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é confundido com o culto de OYA, por ser uma grande guerreira, também é saudada como YNHÀSAN , pois existe uma afinidade entre as duas divindades, mas seus cultos não chegaram a fundirem-se. Seu culto na África era totalmente diferente. Tem ligação com o culto a ÉGÚN, por sua ligação e laços de amizade com OYA. Também tem laços de amizade com ÒSUN , pois foi ONIRA quem ensinou ÒSUN OPARÀ a guerrear. É uma Òrìsà muito perigosa por sua ligação e caminhos com OSOGUIÁN, ÒGÚN e OBALÚWÀIYÉ. Veste o coral e amarelo, contas iguais.
YÀTOPÈ
Tem ligação forte com SÀNGÓ. Veste o branco.
AFEFE YKU FUNAN
A senhora do fogo e dos ventos da morte. Caminha com ÒGÚN e OBALÚÀIYÉ , tem caminhos , também , com ÉGÚN e YKU ( morte ) . Veste o branco e pode-se por um azul claro.
AFAKAREBÒ
Não é feita em seus eleitos , é a verdadeira dona do EBÓ, é a ela que se entrega todos os EBÓS. Seus caminhos levam diretamente a ÈSÙ e ÉGÚN. Seus rituais são todos feitos no murim , cabaças e porrões.
AFEFE
É ela quem comanda os ventos. Tem caminhos com OBALÚWÀIYÉ e ÉGÚN .Veste vermelho e branco , também usa o coral , o chorão de seu ADÉ é alaranjado .
BAGAN
Não tem cabeça. Come com ÈSÙ , ÒGÚN e ÒSÓÒSÌ . Tem caminhos com ÉGÚN.
PETU
Ligada aos ventos e as árvores. Esposa de SÀNGÓ , que vai sempre na frente anunciando sua chegada.
OGUNNITA
Ligada ao culto de ÉGÚN , seu fundamento mais forte. É a senhora que caminha com os mortos .


SUAS FOLHAS

Malva rosa, Santa Bárbara, lacre, pitanga, guiné, nega-mina, para-raio.










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